O SBU (Serviço de Segurança da Ucrânia) assumiu a responsabilidade por um ataque à ponte do estreito de Kerch, construída na Rússia e que conecta a Crimeia ao continente. À CNN norte-americana, o órgão afirmou ter usado drones marítimos controlados remotamente e divulgou imagens exclusivas do ataque à obra que custou o equivalente a R$ 19 bilhões.
Apesar da falta de informações públicas sobre a nova arma experimental ucraniana, foi divulgado que ela é chamada de “Sea Baby”, é pequena e difícil de ser detectada.
O que se sabe sobre os drones marítimos da Ucrânia?
Os drones marítimos estão surgindo como uma possibilidade para a Ucrânia desafiar o domínio russo na guerra. Apesar de haver pouca informação disponível sobre eles, sabe-se que essas embarcações não são maiores do que um pequeno barco de pesca e têm um alcance de até 500 milhas, segundo o The Wall Street Journal.
Controlado remotamente. Como os drones aéreos, os marítimos também não são tripulados, o que significa que não há risco de perda de pessoal. Porém, ao contrário dos drones convencionais, os marítimos podem carregar uma carga muito mais pesada de explosivos, sendo assim uma arma mais potente.
Quase uma tonelada de explosivos. No ataque recente à ponte da Criméia, por exemplo, o drone estava equipado com 850 kg de explosivos.
Custo relativamente baixo. Os drones marítimos também parecem ser feitos de componentes que estão prontamente disponíveis e não são difíceis de se obter, envolvendo um sistema de propulsão derivado de um jet ski e orientação que provavelmente depende de comunicações por satélite, de acordo com a NBC News. Por serem de custo relativamente baixo, eles podem ser usados em grandes quantidades.
Desenvolvido internamente. O chefe da SBU (Serviço de Segurança da Ucrânia), Vasyl Maliuk, disse à CNN norte-americana que o drone, chamado de “Sea Baby”, é resultado de meses de desenvolvimento que começaram logo após a invasão russa. “Os drones marítimos são uma invenção única do Serviço de Segurança da Ucrânia”, disse ele. “Nenhuma empresa privadas está envolvida. Usando esses drones, realizamos recentemente um ataque bem-sucedido à ponte da Criméia, ao grande navio de assalto Olengorskiy Gornyak e ao navio-tanque SIG.”
Os drones são “realmente a única maneira pela qual a Ucrânia pode contra-atacar”, disse à NBC News o especialista em segurança nacional Mark Cancian, coronel da Marinha aposentado e consultor sênior do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais.
Com UOL