Presidente do MDB, Deda Claudino diz que é tratado com falta de respeito por Léa Toscano e sinaliza rompimento

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Nem tomou posse ainda, e a prefeita eleita de Guarabira, Léa Toscano (UNIÃO), já começa a enfrentar insatisfações entre seus apoiadores. Nesta quinta-feira, 5 de dezembro, o empresário e presidente do MDB municipal, Deda Claudino, expressou sua insatisfação durante uma entrevista contundente concedida à rádio Constelação, tradicionalmente alinhada ao grupo Toscano.

Deda iniciou sua fala com tom de despedida, sugerindo um possível veto à sua presença nos espaços da prefeita eleita. “Acho que essa é a última entrevista que estou dando aqui na Constelação, sem ser por morte”, disse ele, revelando um clima de tensão entre as partes.

Presidente do partido do vice-prefeito eleito, Raimundo Macedo (MDB), Deda afirmou que mantém diálogo constante com o companheiro de chapa de Léa. No entanto, criticou a limitação do papel de Raimundo no grupo e atribuiu as decisões principais à prefeita eleita e à deputada estadual Camila Toscano.

“A maneira como Léa tem conduzido o grupo não me permite continuar. Trabalhei muito por essa campanha, dediquei-me, mas nem mesmo recebi uma ligação telefônica dela até agora. Isso me deixa muito triste”, desabafou Deda, que relembrou seu envolvimento em articulações importantes para a vitória de Léa, como o apoio do vereador eleito Vando do Mutirão, do MDB.

Em tom de indignação, Deda acusou Léa de desprezar a contribuição dos aliados. “Ela não pense que ganhou a eleição sozinha. Ninguém vence uma eleição sozinho. Eu participei, o prefeito Marcus participou, quer queira ou não. E agora, nada disso está sendo reconhecido.”

O empresário também revelou que, durante a campanha, recebeu convites para apoiar a oposição, mas decidiu ficar ao lado de Léa. Segundo ele, essa decisão foi motivada pela crença de que sua candidatura era o melhor para Guarabira naquele momento. “Eu não ganho dinheiro com política, eu gasto. E não estou aqui para babar Léa, Raniery ou ninguém”, pontuou.

Deda fez uma avaliação sombria do cenário político de Léa. Segundo ele, se as eleições fossem realizadas hoje, a prefeita eleita perderia com uma diferença ainda maior do que a vantagem que obteve, de 1.492 votos.

“Se ela não tiver um grupo coeso do lado dela, não será fácil daqui a dois anos. Toscano e Paulino em Guarabira já encheram o povo. Será que essa cidade só pode ser administrada por essas duas famílias? De forma nenhuma.”

O desabafo de Deda Claudino, um dos pilares do grupo político que elegeu Léa Toscano, evidencia fissuras na base aliada antes mesmo do início da gestão. A fala pública de uma liderança tão relevante serve como alerta para os desafios que Léa enfrentará não apenas na administração da cidade, mas também na manutenção da unidade política que garantiu sua vitória.

Resta saber se a prefeita eleita tomará medidas para conter a insatisfação ou se os desentendimentos ganharão novos capítulos nos próximos meses.

Nesta sexta-feira (06), Deda afirmou que tem recebido ligações de outros membros do partido e de outras siglas que também ficaram desapontados com a postura de Léa após sua vitória. Segundo Claudino, a prefeita eleita teria mudado completamente sua atitude, deixando de se comunicar com aliados, o que gerou descontentamento.

“Eu estou recebendo ligações de outros candidatos, de pessoas de outros partido, inclusive do nosso MDB, que ela, após a sua vitória, mudou completamente e não está falando com ninguém”, afirmou Deda Claudino.

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