Pelo menos 15 pessoas foram detidas e levadas para prestar depoimento na Polícia Civil, nessa terça-feira (05), durante a Operação Manto, deflagrada pelo Ministério Público, Secretaria da Fazenda e polícias Civil e Militar contra um esquema de jogos de azar na Região Metropolitana de João Pessoa.
Durante coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (06), o delegado responsável pelas investigações, Allan Murilo Terruel, afirmou que Força-Tarefa agora quer saber quem comandava o esquema.
Ele adiantou que dos 25 endereços autorizados pela Justiça para busca e apreensão, 18 locais foram visitados, com a apreensão de 140 máquinas de bingo e caça-níquel, além de 17 procedimentos lavrados. Na próxima semana, a Polícia vai seguir na colheita de depoimentos para apurar quem seriam os donos dos equipamentos apreendidos e das empresas alvos da operação.
“A Lotep foi informada que tinham pessoas fazendo esse serviço [jogo de azar] sem a autorização. As pessoas responsáveis pelas máquinas e estabelecimentos foram conduzidas à Central de Polícia e autuadas. Mas, as investigações continuem para que sejam apurados outros delitos. Queremos saber qual a procedência desses equipamentos. Os comerciantes possuem as notas fiscais? Os lucros das atividades está direcionado a quem e de que forma?”, indagou.
Máquinas passarão por perícia
Todo o material apreendido passará por perícia para confirmar se as máquinas foram adulteradas para lesar os apostadores, como explicou o perito Robson Félix.
“O material foi apreendido e agora o trabalho será examinar os equipamentos, buscando dados e outras informações que poderão auxiliar as investigações”, adiantou.
A Operação
Uma força tarefa da Policia Civil, Ministério Público da Paraíba (MPPB), Instituto de Polícia Científica (IPC), Secretaria da Fazenda e Polícia Militar, ambos do Estado da Paraíba, deflagrou nessa terça-feira (5) a operação Manto, nas cidades de João Pessoa, Santa Rita, Cabedelo e Lucena.
Foram decretadas 25 (vinte e cinco) ordens judiciais de busca e apreensão, a fim de se angariar novos elementos probatórios que apontam para atividades de jogos de azar e bingos sem a autorização do órgão responsável pela concessão das respectivas atividades.
Entenda o caso – A investigação se deu em razão de representação da Loteria do Estado da Paraíba (Lotep), cujo teor identificou diversos estabelecimentos comerciais com atividades desenvolvidas sem qualquer autorização, controle e fiscalização do Órgão.
Como as atividades de jogos não estão sob o controle da LOTEP, bem assim os jogos de azar apontam para possíveis direcionamentos das máquinas para que seus clientes sejam ludibriados, com perdas financeiras certas, a referida operação se fez necessária para fins de estancamento dos crimes e contravenções investigados.
A operação é denominada “Manto” em razão do seu significado ter relação com o Deus do azar, onde chamava atenção de suas vítimas através de jogos, roubando, assim, suas almas.