De forma surpreendente — e para muitos, incompreensível — o Progressistas parece ter decidido virar as costas para o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, justamente quando ele desponta como o nome mais competitivo para enfrentar uma oposição forte na corrida pelo Governo da Paraíba em 2026.
Cícero não é um personagem qualquer no cenário político estadual. Ex-governador, ex-ministro da Integração Nacional, ex-senador e, atualmente, prefeito da capital paraibana pela quarta vez, ele reúne experiência, serviços prestados e, principalmente, respaldo popular. As pesquisas de opinião pública não deixam dúvidas: Cícero lidera com folga entre os nomes da base governista e é amplamente reconhecido como favorito do eleitorado.
Enquanto isso, a oposição se articula de maneira estratégica e com nomes de peso. O senador Efraim Filho (União Brasil), o ex-deputado Pedro Cunha Lima (PSD) — que traz consigo mais de um milhão de votos obtidos em 2022 — e o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB) formam um trio que pode construir uma chapa robusta e extremamente competitiva. Ou seja, o jogo político de 2026 promete ser duro, e qualquer erro de cálculo pode custar caro.
Mesmo diante desse cenário desafiador, o grupo governista parece correr contra o tempo, tentando fechar uma chapa majoritária antes da hora — e, o mais preocupante, sem incluir ou sequer consultar aquele que é, hoje, o maior nome da base: Cícero Lucena.
O prefeito da capital já dá claros sinais de movimentação política. Segue com a agenda intensa de obras, visitas a bairros e contato direto com a população. A cada gesto, a cada fala, deixa evidente que está pronto para disputar uma missão maior. Na prática, Cícero está em pré-campanha. Seu nome está nas ruas. E mais do que isso: está nos corações de grande parte do eleitorado.
Ignorar essa realidade é negar o sentimento popular. E, em política, quando se vira as costas para o desejo das urnas, o tombo costuma ser inevitável.
Mais estranho ainda é o silêncio do Palácio da Redenção em relação ao nome de Cícero. Nenhuma sinalização de apoio, nenhuma menção de possível candidatura, nem mesmo uma vaga de vice em discussão. Um erro crasso, pois o eleitor quer o prefeito da capital como sucessor de João Azevêdo. E quer com entusiasmo.
É hora de repensar. Cícero Lucena reúne todos os atributos para dar continuidade ao projeto iniciado por João. Tem carisma, tem trabalho reconhecido e, acima de tudo, tem voto. Em um momento em que a base precisa de unidade e força, ignorar Cícero é arriscar o futuro de todo um grupo político.
A matemática é simples: sem Cícero, a oposição agradece.