A Justiça Eleitoral da 4ª Zona de Sapé rejeitou, nesta segunda-feira (8), a Ação de Impugnação de Mandato Eletivo (AIME) movida por Marcos Aurélio Martins, candidato a prefeito de Marí pelo PP em 2024, contra a prefeita eleita Lucinha da Saúde (PSB). A decisão, assinada pelo juiz Renan do Valle Melo Marques, considerou improcedentes as acusações de abuso de poder político e econômico supostamente cometidas durante a campanha eleitoral. Segundo o magistrado, os documentos apresentados pela acusação eram frágeis, enquanto a defesa apresentou provas robustas que atestaram a legalidade de todos os atos questionados.
Marcos Martins, que perdeu a eleição com 49,32% dos votos, alegava uso indevido de publicidade institucional, distribuição de benefícios sociais, contratações temporárias irregulares e favorecimento político com a imagem do ex-prefeito Antônio Gomes. No entanto, a Justiça considerou que nenhuma dessas práticas configurou abuso, uma vez que estavam amparadas por normativas legais e foram comprovadas por relatórios oficiais. “A verdade sempre esteve do nosso lado. Fizemos tudo dentro da legalidade, com responsabilidade e zelo pelo povo de Marí”, afirmou Lucinha, após a sentença.
O juiz ainda destacou que aumentos de contratos ou gastos sociais em ano eleitoral não caracterizam, por si só, abuso de poder, se estiverem fundamentados na lei. Ele também alertou sobre o uso da Justiça como instrumento de revanche política. A crítica foi interpretada como uma resposta direta à tentativa de se abrir uma CPI com base em argumentos já descartados judicialmente.
Com a decisão, Lucinha, que venceu o pleito com 50,68% dos votos válidos, sai fortalecida politicamente. “Agora seguimos com ainda mais determinação para honrar a confiança do povo. A justiça foi feita, e Marí pode continuar avançando com tranquilidade”, concluiu.