A célebre frase de Leonel Brizola “A política ama a traição e odeia o traidor”, parece ter sido escrita sob medida para a mais recente cena política de Santa Luzia, no Sertão paraibano. Um ex-político do município, depois de receber apoio massivo do ex-prefeito e pré-candidato a deputado estadual Zezé, do ex-vice-prefeito Chicão e de todo o grupo de situação, alcançou a presidência da Câmara Municipal. Mas, ao invés de consolidar sua aliança, decidiu abandonar aqueles que o impulsionaram para se juntar ao grupo Morais, na Paraíba, lançando-se como candidato a prefeito e terminou derrotado nas urnas.
O desenrolar da história agora cobra seu preço. Nesta sexta-feira (10), o mesmo ex-político anunciou apoio à pré-candidatura do prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (sem partido), ao Governo da Paraíba, efetivamente abandonando a pré-candidatura de Efraim Filho ao mesmo cargo. Mais do que isso: deixou a própria família Morais sentir o gosto amargo da traição, repetindo o drama que o ex-prefeito Zezé experimentou no passado.
No mesmo ato, confirmou que será pré-candidato a deputado federal, rompendo com o deputado estadual George Morais (União Brasil), irmão do senador e pré-candidato a governador Efraim Filho (União Brasil). O cenário expõe uma política marcada por alianças frágeis, interesses pessoais e a ausência de lealdade, em contraste com o comprometimento de líderes que construíram suas trajetórias com consistência.
Enquanto isso, o atual presidente da Câmara de Santa Luzia, professor Félix Júnior, mantém-se fiel ao grupo do “sempre prefeito” Zezé, levando aos quatro cantos da Paraíba o nome, o legado e os resultados de uma gestão reconhecida, provando que coerência e fidelidade política ainda valem mais do que manobras oportunistas.
A política local deixa, assim, um recado claro: quem aposta em traições para ganhar protagonismo pode até colher benefícios momentâneos, mas dificilmente constrói reputação ou legado duradouros.
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