Audiência de processo que pode cassar vereadores em Pedro Régis é adiada pela 3ª vez após manobras da defesa
A audiência de instrução e julgamento que investiga fraude na cota de gênero nas eleições municipais de 2024, envolvendo o Partido União Brasil de Pedro Régis, cidade localizada no Vale do Mamanguape, foi adiada pela terceira vez, novamente por solicitação dos advogados dos investigados.
O processo, que pode levar à cassação dos vereadores Toinho do Cuité, Jonas Gonçalves e Gean Régis, segue sem avançar devido às sucessivas estratégias adotadas pela defesa para postergar o andamento da ação.
A nova data determinada pela Vara Única da Comarca de Jacaraú/PB ficou para 26 de novembro de 2025. De acordo com o pedido apresentado pelos advogados, motivos pessoais impediram a presença dos mesmos na audiência anteriormente marcada, o que obrigou o reagendamento.
Embora a Justiça tenha acolhido o pedido dentro da legalidade, o acúmulo de adiamentos começa a gerar crescente insatisfação popular. A percepção predominante entre populares, suplentes e lideranças locais é de que as constantes solicitações de remarcação configuram táticas protelatórias, que atrasam uma decisão definitiva sobre a denúncia de fraude eleitoral.
“Reconhecemos a importância da investigação, mas a morosidade tem sido criada pela própria defesa. A acusação já apresentou tudo que precisava; o que impede o avanço agora são as manobras dos investigados para empurrar o processo”, afirmam pessoas que acompanham o caso.
A lentidão em concluir a fase de instrução, provocada por sucessivos pedidos de adiamento, causa insegurança jurídica e mantém em alerta o futuro da Câmara Municipal. Para especialistas em direito eleitoral, esse tipo de protelação prejudica o princípio da celeridade processual.
Nas ruas e nas redes sociais, cresce a cobrança para que a próxima audiência, marcada para 26 de novembro de 2025, aconteça sem novos atrasos. Eleitores afirmam que os adiamentos sucessivos não afetam apenas o processo judicial, mas interferem no próprio futuro político de Pedro Régis.
“A população pede transparência e celeridade. Quem está adiando o futuro político da cidade são os acusados, usando todas as brechas para ganhar tempo”, apontam lideranças locais.
A expectativa agora é de que, mesmo diante das estratégias da defesa, a próxima audiência finalmente ocorra e permita o avanço do processo que já ultrapassa meses sem conclusão da fase de instrução.



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