Vereadores são impedidos de vistoriar reservatório da Cagepa em CG; Companhia explica
Uma comissão de vereadores integrantes da bancada de situação na Câmara Municipal de Campina Grande (CMCG) tentou realizar uma visita de surpresa nesta quarta-feira (26/11) às dependências de um reservatório da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa), instalado no bairro de Santa Rosa (R9). No entanto, o acesso dos parlamentares foi vetado pelos funcionários sob a alegação de que é proibida a entrada de estranhos nas dependências da companhia, independente da unidade.
A situação gerou revolta entre os vereadores, que em nota conjunta emitida pela Casa Legislativa, afirmou deterem de competência constitucional e legal para fiscalizar espaços que prestam serviço ao município.
Em entrevista ao programa Correio Debate, da Rádio Correio 98 FM, o líder do governo Alexandre do Sindicato (União Brasil) criticou a falta de transparência do órgão e afirmou a insatisfação da população campinense com os serviços prestados pela Cagepa.
“Olha, eu acho que o caminho agora, segundo eu fiquei sabendo através aqui vocês ouviram, de um vereador de oposição, dizer que o diretor da Cagepa teria mandado um ofício. Eu desconheço que tenha chegado, nos convidando para fazer isso. Mas agora o fator surpresa já foi perdido. Eles estão maquiando a unidade. Nós vimos isso pelo vídeo que eu mostrei aqui. Há uma verdadeira correria para maquiar aquela unidade e dizer que está tudo muito bem. Campina Grande não aguenta mais a Cagepa. Basta você olhar um cidadão que está sentado ali e veio me procurar, pedindo socorro e há 35 dias espera uma mudança de hidrômetro da calçada para o muro da casa, dizendo que sua irmã já é uma senhora de idade”, disse.
O presidente da companhia, Marcus Vinicius, explicou que qualquer acesso às dependência da Cagepa é necessário um agendamento prévio para controle de acesso e segurança não só dos visitantes, como dos funcionários.
“De forma organizada é perfeitamente possível fazer visita à instalação da CaGepa desde que a gente tenha limite de acesso a pessoas. Então você chegar, como foi feito ontem, sem aviso, de forma abrupta, um aparelhamento de vídeos. Qual é a intenção? É para fazer uma vistoria? Se for uma vistoria, todos ali, quem é o técnico que vai acompanhar? Então, a gente quer, por exemplo, o CREA solicitou a visita e nós demos acesso a todas as instalações, ao inspetor, ao engenheiro que acompanhou, de forma tranquila, zero de problema. Por quê? Foi solicitado o agendamento, foi organizado, né? A limitação de acesso de pessoas, né? Então, tudo isso foi feito de forma tranquila, não foi só o R9 não, foram a todos os 20 reservatórios que fazem parte do sistema da Grande Campina Grande. Zero de problema. Agora, o que nós precisamos ter é organização, disciplina. A Cagepa é uma empresa pública, mas a pública está na sua origem, mas não quer dizer que é desorganizada, quer dizer que não tem que ter controle de acesso. Por exemplo, com todo respeito que eu tenho, não só a Câmara de Vereadores, mas qualquer órgão público. Nós temos que ter controle de acesso. Ninguém entra, por exemplo, no plenário da Câmara Municipal de Campina Grande sem estar sem ser convidado, sem ter pedido um ofício, sem ter a pauta, porque tem um respeito que tem que se ter, a Câmara Municipal de Campina Grande quanto instituição. Da mesma forma, nós também temos a organização, nós temos uma legislação, inclusive, dentro do próprio Ministério da Saúde, as regras que são estabelecidas, nossas regras também de segurança”, detalhou.
Portal da Capital



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