A Paraíba espera uma atitude por parte do Ministério Público da Paraíba para que seja pedida a prisão preventiva do Padre Egídio e toda a sua corja por ter desviado dinheiro do Hospital Padre Zé.
Enquanto pessoas padecem na unidade, o padre esbanja ostentação, é lamentável que pessoas usem a fé e a religião para dar golpe na sociedade.
Nós que fazemos o portal NEWSPB, fazemos um apelo para que as autoridades competentes peçam a prisão e coloquem atrás das grades todos esses “bandidos” que desviaram dinheiro do Hospital Padre Zé e que sejam responsabilizados todos os envolvidos.
Samuel Segundo, ex-funcionário do Hospital Padre Zé, suspeito de furtar mais de R$ 500 mil em celulares, revelou durante entrevista exclusiva ao programa Cidade em Ação, do Sistema Arapuan de Comunicação neste sábado (21), detalhes sobre o escândalo na unidade e afirmou que os aparelhos eletrônicos foram vendidos a mando do ex-diretor Padre Egídio.
Ao Sistema Arapuan de Comunicação, Samuel detalhou o esquema ao revelar um suposto combinado, entre ele e o padre Egídio, para que 270 aparelhos fossem vendidos em espécie para não chamar atenção dos órgãos fiscalizadores. Ele disse ainda que os valores foram entregues nas mãos do ex-diretor, tanto em encontros no gabinete do religioso no Hospital Padre Zé, como em uma cobertura de luxo do bairro do Cabo Branco.
“Não houve furto, Padre Egídio autorizou a venda de 270 dos 520 aparelhos eletrônicos, pediu para vender os aparelhos e entregar o valor em espécie a ele. Esse foi o combinado. Ele disse: “Samuel, venda uma parte desses itens”. E eu fui várias vezes no apartamento localizado na beira-mar do Cabo Branco para entregar o dinheiro em espécie, sempre em espécie e a pedido dele”, disse o ex-funcionário.
Samuel afirmou que todas as denúncias feitas com exclusividade ao Sistema Arapuan Verdade estão registradas em conversas no WhatsApp e imagens de câmera de segurança. “Desafio o padre a vim a público e dizer que é mentira. Tem câmera, registros de whastsapp, o padre me chamando na sala dele. Ele me deu a chave dele, da sala da presidência’, concluiu.
Durante a entrevista, ele confessou participação no crime, mas ressaltou que agiu a mando de Egídio. “Eu vendi os itens [270 celulares]. O padre alegou que foram roubados perfumes e celulares foram furtados, mas não foi eu, nem a minha família, saindo com as caixas em seu carro de um bazar. A família do Padre saiu no primeiro dia do bazar com mais de 10 caixas com perfumes, patinetes e celulares. Eles tiveram acesso privilegiado a esses itens”, disse Samuel.
Arcebispo da Paraíba tinha conhecimento
Samuel Segundo revelou ainda com exclusividade ao Sistema Arapuan de Comunicação que o Arcebispo da Paraíba, Dom Delson, tinha conhecimento das irregularidades na gestão do Hospital Padre Zé através de denúncias feitas por ex-funcionários. Ele citou um suposto favorecimento ilícito, através de um repasse de um carro de luxo, foi feita por Padre Egídio ao arcebispo, para a renovação do estatuto do hospital por mais cinco anos, mesmo após as denúncias dentro da unidade.
“Eu tomei conhecimento no decorrer do inquérito aberto, contestei isso e lá consta a transferência de um carro Jeep para o arcebispo da Paraíba [Dom Delson]. Eu questionei ao padre, ele disse que deu o carro ao arcebispo para renovar por mais cinco anos o estatuto. O bispo nega, mas a verdade é essa. Eu vi o documento, questionei sobre o carro e foi isso que ele [Egídio] me falou, que para renovar o estatuto do hospital, ele deu o carro ao bispo”, disse Samuel Segundo.
O que diz a defesa dos citados
A reportagem do Portal Paraíba.com.br procurou a assessoria da Arquidiocese da Paraíba, porém, até o fechamento desta matéria às 12h21, não houve resposta.
Já a defesa do Padre Egídio, representada pelo advogado criminalista Sheyner Asfora, emitiu a seguinte resposta ao Portal Paraíba.com.br:
“A defesa não irá se pronunciar sobre as declarações e o padre Egídio segue à disposição do Ministério Público para prestar suas declarações de forma oficial perante a autoridade que preside as investigações que seguem de forma sigilosas. Esclareço, ainda, que a defesa não teve acesso ao procedimento investigativo criminal na sua íntegra pois que não teve acesso e, portanto, não tem conhecimento do teor dos depoimentos que estão sendo colhidos no âmbito do Ministério Público da Paraíba“, diz a nota.
Por Portal Paraiba.com.br