Em resposta direta à entrevista do deputado Aguinaldo Ribeiro (PP), o ex-prefeito de Cabedelo e atual secretário de Turismo de João Pessoa, Vitor Hugo (Avante), saiu em defesa do prefeito Cícero Lucena (PP) e criticou a tentativa de restringir a disputa ao Governo do Estado a acordos de bastidores. Para ele, o povo da Paraíba “não quer votar em combinação política”, mas ter o direito de escolher livremente seu representante.
“A Paraíba não quer escolher por combinação. Ela quer ter o direito legítimo e claro, como diz a Constituição, de escolher seu representante. Que Cícero possa ser candidato e avaliado pelo povo, como Lucas, como Adriano, como qualquer outro”, declarou Vitor Hugo, em áudio enviado ao programa Ô Paraíba Boa, da 100.5 FM, nessa terça-feira (30).
A fala é uma reação ao discurso de Aguinaldo, que na segunda-feira cobrou fidelidade ao grupo e insinuou que Cícero estaria rompendo o projeto governista ao manter articulações com o presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino (Republicanos). Para Vitor Hugo, ao contrário do que foi sugerido, Cícero mantém uma conduta de respeito e coerência.
“Quem acompanha Cícero desde os anos 1990 sabe da lealdade dele. Ele esteve fora da política por anos, voltou em 2020 e continua sendo o mesmo. Não tem ninguém que tenha o direito de questionar seu caráter político”, afirmou.
Vitor Hugo também relativizou uma eventual saída de Cícero do Progressistas. Para ele, isso não configuraria traição, mas sim uma forma de abrir espaço para o vice-governador Lucas Ribeiro disputar o governo. “Cícero saindo do Progressistas não está traindo. Ele está deixando o caminho livre para Lucas”, pontuou.
Em gesto simbólico e de forte peso político, o ex-prefeito de Cabedelo ainda colocou o partido Avante à disposição de Cícero. “Eu abro mão do comando do Avante na Paraíba para entregar a Cícero, para que ele tenha liberdade e independência para trilhar seu caminho”, anunciou.
A manifestação de Vitor Hugo é a primeira de um aliado próximo a Cícero Lucena após as críticas públicas de Aguinaldo Ribeiro.
Fonte: Fonte83
