Alcides Camilo: de super secretário a vereador ingrato?

Guarabira Paraíba

Em meio ao cenário político de Guarabira, o nome de Alcides Camilo tem gerado polêmicas desde que conquistou uma cadeira na Câmara Municipal. Conhecido por sua longa trajetória ao lado do prefeito Marcus Diogo, Alcides, que por oito anos foi apontado como o “super secretário” e braço direito do gestor, agora enfrenta críticas por sua suposta ingratidão ao chefe do Executivo municipal.

Segundo fontes próximas ao governo, Alcides teria sido o nome escolhido pelo próprio Marcus para representá-lo no Legislativo, contando com apoio irrestrito da “máquina pública” durante sua campanha eleitoral. Contudo, após sua vitória nas urnas, declarações atribuídas ao vereador eleito têm surpreendido aliados e causado desconforto na base governista.

De acordo com relatos, Alcides teria afirmado que “não deve absolutamente nada” a Marcus Diogo e que “não possui nenhum vínculo político” com ele, porém toda Guarabira e a classe política sabem do apoio que o prefeito Marcus Diogo e aliados deram para Alcides, que senão fosse isso, só teria tido o voto dele e da família dele, e olhe lá. A postura contraria as expectativas de lealdade após anos de parceria e levanta questionamentos sobre suas intenções na Câmara Municipal.

O comportamento de Alcides também trouxe à tona uma previsão feita pelo ex-deputado estadual Raniery Paulino, que, durante o período eleitoral, afirmou publicamente que Alcides trairia Marcus Diogo e a família Toscano, assim como já teria feito com sua própria família no passado. “Depois de usar e abusar, Alcides só mostra ser aliado do poder, e não das pessoas”, teria dito Raniery em tom profético.

A postura de Alcides reflete, para muitos, uma estratégia de sobrevivência política, priorizando alianças circunstanciais em detrimento de relacionamentos construídos ao longo dos anos. Seus críticos apontam que a ruptura com Marcus Diogo pode ser apenas o começo de uma trajetória marcada por conveniências.

O clima entre aliados de Marcus Diogo é de indignação. Para membros do grupo político, Alcides teria “cuspido no prato que comeu” ao desconsiderar o papel do prefeito em sua ascensão política. A questão é particularmente sensível, dado o cenário de reorganização do grupo governista após a vitória da prefeita eleita Léa Toscano, de quem se espera a manutenção da base sólida para a próxima gestão.

Por outro lado, apoiadores de Alcides defendem que ele está buscando independência política e que não deve se submeter integralmente à agenda do Executivo.

A postura de Alcides promete agitar os debates na Câmara Municipal, com repercussões diretas na relação entre Executivo e Legislativo. Enquanto o prefeito Marcus Diogo encerra seu mandato, Alcides parece determinado a construir um caminho próprio, mesmo que isso signifique enfrentar antigos aliados.

O caso é um exemplo claro das dinâmicas complexas da política guarabirense, onde alianças podem ser efêmeras e as ambições individuais muitas vezes prevalecem sobre o coletivo. Será Alcides Camilo um estrategista visionário ou mais um político que sucumbe ao jogo do poder? O tempo dirá.

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