O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu mudar o sistema de filiação partidária para reforçar a segurança e reduzir o risco de fraudes.
A partir de fevereiro, o cadastro na Justiça Eleitoral terá que ser feito em duas etapas. Para inserir dados de um novo filiado, o sistema vai exigir que a pessoa confirme as informações em um outro aplicativo – o e-Título, já usado por eleitores.
O TSE antecipou a mudança após identificar uma suposta fraude em que o presidente Lula foi desfiliado do PT e filiado ao PL, partido de oposição ao governo.
No sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Lula aparecia como “formalmente desligado” do Partido dos Trabalhadores desde 15 de julho de 2023 – data em que a falsa filiação ao PL foi comunicada ao TSE.
O caso foi revelado pelo jornal O Globo na última quinta (11). O TSE confirmou que a senha utilizada para acessar o sistema e inserir a filiação falsa de Lula é de uma advogada do PL.
A alteração na ficha de Lula já foi desfeita e, com isso, o presidente voltou a constar como filiado ao PT – partido que ajudou a fundar e ao qual está filiado desde os anos 1980.
A apuração interna do TSE identificou claros indícios de falsidade ideológica no caso – e descartou ataques ao sistema eletrônico ou falhas na programação.