A presidente estadual do Partido dos Trabalhadores (PT) na Paraíba, deputada Cida Ramos, reagiu à declaração do vereador Marcos Henriques, que anunciou apoio à possível pré-candidatura de Adriano Galdino (Republicanos) ao Governo do Estado. Em entrevista ao Arapuan Verdade, nesta quinta-feira (31), Cida deixou claro que o PT ainda não tomou qualquer decisão sobre alianças para 2026 e que nenhum filiado tem autorização para se pronunciar oficialmente em nome da sigla.
“Quero deixar claro que o apoio do PT será definido no campo das alianças com o presidente Lula, mas será um apoio deliberado, debatido, discutido com o diretório estadual, com os filiados, com os militantes e com a direção nacional. Nenhum filiado tem autonomia, autoridade ou respaldo em qualquer instância para falar em nome do partido”, afirmou Cida.
Ela reconheceu que qualquer militante pode manifestar simpatia por nomes ou ideias, mas ponderou que isso não representa uma deliberação partidária. “Eu posso ter simpatia por alguém, assim como qualquer outro filiado. Mas uma decisão do partido é outra coisa. Será fruto de muito debate, com base em vários critérios, e ainda não há posição fechada”, reforçou.
Sobre Adriano Galdino, a deputada disse que o enxerga como integrante da base aliada do governador João Azevêdo, da qual o PT faz parte. Contudo, enfatizou que, até o momento, não há formalização de sua pré-candidatura. “Participei da reunião com o governador João Azevêdo e com os deputados, e em nenhum momento Adriano Galdino foi apresentado como pré-candidato. Assim como Lucas Ribeiro e Elvis, ele não tem candidatura oficial”, frisou.
Cida também revelou que teve uma conversa direta com Adriano. “Ele me disse que só será candidato se atingir 20% nas pesquisas até o fim do ano. Então, é um quadro ainda indefinido. O PT quer discutir um pacto pela Paraíba, um programa de governo. A discussão não é sobre nomes apenas, mas sobre projeto político.”
Já o vereador Marcos Henriques, ao anunciar apoio ao nome de Galdino, revelou que o deputado estadual já teria definido até mesmo uma chapa, incluindo João Azevêdo e Veneziano Vital do Rêgo como candidatos ao Senado. Segundo ele, não houve exigência de filiação ao PT e que, caso Galdino não tenha espaço no Republicanos, poderá buscar outra legenda.
Apesar das declarações, Cida Ramos reafirmou que qualquer decisão sobre 2026 será tomada coletivamente. “O PT não tem dono nem fala isolada. Tem direção, tem base e tem método. E isso será respeitado.”