Especulação sobre Danielle do Vale no TCE-PB abre debate sobre renovação e representatividade feminina na Corte – Por Napoleão Soares

Paraíba

A possível candidatura da deputada Danielle do Vale para ocupar uma cadeira no Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB) surgiu recentemente durante o programa de rádio de Adelton Alves, em que o jornalista Gutemberg Cardoso especulou sobre o tema. Embora ainda seja uma hipótese remota, a possibilidade de a Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) indicar Danielle para a vaga, que será aberta com a aposentadoria do conselheiro Arthur Cunha Lima em dezembro, traz à tona uma discussão importante: a representatividade feminina e o mérito técnico no Tribunal de Contas.

Caso essa especulação se concretize, Danielle do Vale, com sua formação em contabilidade, seria uma escolha técnica e inovadora para o cargo. Ao contrário de outros nomes mencionados em disputas anteriores, ela possui experiência acadêmica e profissional diretamente relacionadas às atribuições do TCE, instituição responsável por fiscalizar as contas públicas. Sua nomeação traria não só um “sangue novo” para a Corte de Contas, mas também uma importante mudança no perfil de seus membros, historicamente ocupados por homens. Ela seria a primeira mulher indicada pela Assembleia para integrar o tribunal, rompendo com o que foi chamado de “Clube do Bolinha”, uma referência à predominância masculina na composição da corte.

Mais do que uma mera questão de gênero, sua eventual escolha representaria uma mudança no modo como as indicações políticas para o TCE são feitas, priorizando a formação técnica e a capacidade de contribuir com o controle das contas públicas, algo que a população e os especialistas vêm exigindo com cada vez mais força.

Embora a indicação de Danielle do Vale ainda esteja no campo das especulações, essa possibilidade levanta debates importantes sobre a necessidade de renovação e diversidade nas instituições públicas. O futuro da vaga no TCE-PB depende de articulações políticas, mas a menção do nome de Danielle sinaliza que, aos poucos, mulheres com mérito e capacidade técnica estão sendo consideradas para cargos historicamente dominados por homens.

Assim, caso sua candidatura se concretize, sua presença no TCE-PB não seria apenas uma vitória pessoal, mas também um marco para a representação feminina em um dos principais órgãos de fiscalização do estado.

Por: Napoleão Soares

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