Em vez de representar união, estabilidade e compromisso com a coletividade, a política em Belém, no interior da Paraíba, mergulhou em um cenário lamentável, dominado por disputas internas que colocam os interesses familiares acima do bem público. No centro dessa crise, estão os irmãos Tarcísio Marcelo, Dona Aline e Ricardo Marcelo, protagonistas de um embate que já ultrapassou os limites da política e da ética pública.
A eleição de Dona Aline à prefeitura teve início com apoio decisivo de Ricardo Marcelo, irmão experiente e articulador político de peso. Ricardo foi além do discurso: colocou sua esposa, Dona Cris, como vice na chapa e colocou sua reputação a serviço do projeto da irmã. Foi um ato de confiança que, em um cenário minimamente coerente, deveria render frutos de estabilidade e responsabilidade. Mas não foi o que ocorreu.
Com poucos meses no cargo, Dona Aline rompeu politicamente com Ricardo. O racha foi público, barulhento e sem nenhuma explicação que convencesse a população. Em vez de buscar a reconstrução da confiança ou a reconciliação familiar, Aline preferiu refazer alianças com outro irmão — justamente o que não havia apoiado sua candidatura: Tarcísio Marcelo.
Na tentativa de manter poder e influência, Aline apostou em Dianna Marcela, filha de Tarcísio, como sua vice na reeleição. Foi um movimento claro de realinhamento familiar, mas não baseado em projetos para Belém, e sim em conveniência política. Uma jogada interna que apenas escancarou o que já estava evidente: o controle da cidade virou alvo de disputa entre irmãos, e a população passou a assistir a um verdadeiro teatro de vaidades.
Enquanto Tarcísio atua como peça central nos bastidores da atual gestão, mesmo sem mandato eletivo, e Dona Aline se mantém à frente da Prefeitura, Ricardo Marcelo se distancia desse embate e segue sendo visto por muitos como a voz da sensatez. Com histórico político de coerência e compromisso com o coletivo, Ricardo preferiu manter a integridade em vez de alimentar disputas internas motivadas por ambição.
A população, por sua vez, paga o preço da instabilidade. Em vez de receber uma gestão comprometida com saúde, educação, infraestrutura e geração de oportunidades, assiste à administração ser consumida por rivalidades domésticas e acordos de ocasião. Uma cidade dividida por um governo que deveria unir.
Belém precisa de liderança, não de disputas fratricidas. Precisa de propostas concretas, não de acordos familiares. Precisa de servidores públicos comprometidos com o povo, não de políticos que colocam o sobrenome acima do interesse coletivo.
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FONTE: PORTAL BREJONEWS