Gestão sob questionamento: presidente da Câmara de Baía da Traição quer demitir assessores alegando falta de recursos, mas gastos da própria Casa levantam dúvidas

Cidades Paraíba

A administração do presidente da Câmara Municipal de Baía da Traição, vereador Ronaldo do Mel, tem gerado críticas e questionamentos após a informação de que ele pretende demitir assessores parlamentares com a justificativa de economizar recursos para o pagamento do 13º salário dos vereadores. A decisão, considerada arbitrária por parte de servidores e observadores da política local, tem sido vista como uma medida mal planejada e injusta, especialmente diante dos gastos recentes da própria Câmara que mostram espaço para ajustes sem precisar afetar o quadro de funcionários.

De acordo com dados oficiais da transparência pública, consultados no sistema de execução orçamentária do Legislativo, há empenhos expressivos em contratos de assessoria e consultoria que poderiam ser reavaliados para gerar economia.
Entre os exemplos, constam pagamentos de R$ 5.000,00 à empresa HS Contabilidade & Gestão Pública, referentes a serviços de consultoria técnica contábil e gestão fiscal; R$ 3.600,00 à LP Assessoria por serviços administrativos e apoio parlamentar; e R$ 5.000,00 ao advogado Tawa Clovis Teixeira dos Santos, por assessoria jurídica mensal. Somam-se ainda R$ 1.600,00 pagos à Chardes Almeida Sociedade de Advocacia e empenhos de mesmo valor à Rafael Barreto Rocha Sociedade de Advocacia, totalizando despesas jurídicas e contábeis acima de R$ 20 mil mensaisab5345c3-99ef-4900-9c74-5e1d86c….

Além das assessorias, também há registros de gastos recorrentes com combustível, como os pagamentos de R$ 2.439,27 e R$ 1.456,11 ao Posto de Combustível Litoral Norte Ltda, destinados ao veículo oficial da Câmara — despesas que, segundo fontes internas, poderiam ser revistas ou reduzidas.

Esses dados levantam a pergunta inevitável: por que optar pela demissão de assessores, quando há espaço para cortes em contratos e despesas administrativas?
A justificativa apresentada pelo presidente, de que a medida seria necessária para garantir o pagamento do 13º dos parlamentares, tem sido recebida com indignação por servidores e vereadores da própria Casa, que consideram injusto transferir o ônus da má gestão para trabalhadores que dependem dos cargos.

Vale destacar que a alegada dificuldade financeira não pode ser atribuída à prefeita do município nem ao grupo político da base do Executivo, uma vez que a Câmara possui autonomia orçamentária e recebe repasses mensais fixos, cabendo à sua presidência gerir esses recursos com responsabilidade e transparência.

Analistas locais apontam que a busca por economia deve começar pelo topo, com revisão de contratos, contenção de gastos administrativos e racionalização de despesas — e não com medidas que penalizem servidores. A postura do presidente Ronaldo do Mel, segundo relatos, tem sido marcada por decisões unilaterais e falta de diálogo, o que agrava o clima interno e pode gerar repercussões políticas negativas.

A população e os servidores agora aguardam uma posição mais equilibrada da Mesa Diretora, que possa garantir o funcionamento da Câmara sem prejuízo aos trabalhadores e com mais coerência na aplicação dos recursos públicos.

Até o fechamento da matéria, não tivemos retorno por parte da presidência da câmara de baia da traição, ao qual, colocamos nosso e-mail redacaonewspb@gmail.com para quaisquer esclarecimentos das partes citadas.

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