O deputado estadual Wilson Filho (Republicanos) emergiu como o novo porta-voz político da legenda na Paraíba, após a reunião realizada neste fim de semana, que reuniu as principais lideranças do partido. A decisão partiu do presidente estadual da sigla e também presidente da Câmara Federal, Hugo Motta, que incumbiu Wilson da missão de comunicar à imprensa e à sociedade os encaminhamentos e impasses que marcaram o encontro.
Segundo fontes, a definição do apoio à pré-candidatura de Nabor Wanderley ao Senado foi o único ponto pacificado entre os republicanos até o momento. Em entrevista ao jornalista Rudney Araújo, Wilson confirmou o alinhamento, mas reconheceu que a sigla ainda não chegou a um consenso de todos sobre quem apoiar para o Governo do Estado.
Entre os temas centrais da reunião, esteve também a pré-candidatura de Adriano Galdino (Republicanos) ao Executivo estadual. O presidente da Assembleia Legislativa não recuou e segue sendo uma peça decisiva dentro do partido, que tenta encontrar o difícil equilíbrio entre a lealdade interna e os interesses regionais que já começam a se manifestar.
Logo após o encontro, Hugo Motta seguiu para a Granja Santana, onde se reuniu com o governador João Azevêdo. Segundo informações, a conversa foi um balanço político reservado sobre as posições internas do Republicanos e o cenário em formação para 2026, o que reforça que as tratativas ainda estão longe de um desfecho definitivo.
Enquanto isso, em João Pessoa, vereadores do Republicanos mantêm apoio declarado ao prefeito Cícero Lucena, que deve disputar o Governo. Caso Cícero se confirme no MDB, a tendência é que esses parlamentares acompanhem sua migração, criando um novo eixo de articulação com o senador Veneziano Vital do Rêgo, ampliando o tabuleiro político.
Nos bastidores, o clima da reunião foi descrito com ironia por um participante:
“Não sei se foi ruim, mas também não foi tão bom assim.”
A frase resume o momento do Republicanos — por enquanto um partido dividido, mas ainda em movimento, onde cada gesto carrega peso estratégico e cada silêncio vale mais do que uma declaração pública.
Por: Napoleãoo Soares