Juiz transfere processo da Operação Calvário, que investiga lavagem de dinheiro e ocultação de bens, para a Justiça Eleitoral

Paraíba Politica

O juiz de Direito, Adilson Fabrício Gomes Filho, do Tribunal de Justiça da Paraíba, transferiu para a Justiça Eleitoral o julgamento de mais um processo da Operação Calvário. Conforme apurou o ClickPB, dessa vez o entendimento é para que as investigações sobre suposta lavagem de dinheiro e ocultação de bens por parte do ex-governador Ricardo Coutinho e alguns de seus ex-auxiliares sejam apreciadas no Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB).

“Declino da competência para a Justiça Eleitoral, Juízo competente para julgar os crimes eleitorais e os comuns que lhe forem conexos – inteligência dos artigos 109, inciso IV, e 121 da Constituição Federal, 35, inciso II, do Código Eleitoral e 78, inciso IV, do Código de Processo Penal”, cita o magistrado.

No processo em questão, além de Ricardo Coutinho, são réus Coriolano Coutinho, Gilberto Carneiro, Daniel Gomes, Waldson de Souza, Mauríco Rocha Neves, Aluísio Freitas de Almeida Júnior e Amanda Rodrigues.

O juiz Adilson Fabrício Gomes Filho argumenta que as acusações contra os réus revelam nítida intenção de ganho eleitoral. “Apesar da ausência de imputação de crime eleitoral aos réus, vislumbra-se menção expressa de que os fatos embaçadores da acusação decorrem, em tese, da atuação da ORCRIM, supostamente comandada pelo então Governador da Paraíba, Ricardo Vieira Coutinho, para a consecução de projeto de poder, concluindo-se, pois, que as condutas ilícitas atribuídas aos denunciados foram perpetradas com o nítido projeto de manutenção do dito grupo criminoso no poder, ou seja, com o propósito de ganho eleitoral”, expressa o magistrado.

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