Falta um mês ou menos para dois eventos de peso em Mari — a ExporAgro 2025 (5 a 7 de setembro) e a festa de Emancipação Política (19 de setembro). A prefeitura conta com 14 assessores para tocar a comunicação, entre eles radialistas veteranos, influenciadores digitais, blogueiros e fotógrafos. É um time numeroso, mas que ainda não conseguiu produzir aquilo que se esperava: uma publicidade que fale para fora dos limites de Mari.
O contraste é evidente. Se, por um lado, a equipe mostrou algum êxito em recuperar a imagem da prefeita Lucinha da Saúde, antes desgastada e quase impossível de reverter, por outro, falha justamente onde mais importa neste momento: atrair público regional e consolidar um calendário de eventos que possa ter repercussão estadual.
Há uma explicação plausível para esse descompasso. O grupo, ainda que plural, é marcado pela informalidade. Nem todos têm formação na área e, ao que parece, falta um profissional com experiência em publicidade estratégica. O marketing político de sobrevivência — voltado a redes sociais locais e à proximidade com eleitores — não é o mesmo que o marketing institucional necessário para projetar uma feira agropecuária e uma festa de aniversário municipal para toda a Paraíba.
A ExporAgro, em particular, permanece uma incógnita. Sem uma comunicação sólida, corre o risco de repetir o destino de tantos outros eventos locais que se limitam a cumprir tabela, sem se transformar em marca ou tradição. O desafio é transformar a agenda em patrimônio cultural e econômico — e isso só se faz com planejamento de longo prazo, linguagem profissional e investimento em alcance.
O que se vê hoje é uma comunicação mais voltada ao improviso do que à estratégia. Um paradoxo: 14 assessores para dentro, nenhum para fora.
