Médicos que prestam serviço no Hospital Regional de Guarabira, administrado pela Fundação PB Saúde, denunciam que estão há cinco meses sem receber seus salários. A falta de pagamento e de qualquer posicionamento oficial concreto por parte da PB Saúde sobre a regularização está levando profissionais a se afastarem das atividades, o que pode gerar um risco de desassistência à população.
A situação foi exposta em uma carta feita por um dos médicos do hospital e encaminhada ao Sindicato dos Médicos da Paraíba (SIMED-PB). Nela o profissional anuncia seu afastamento por não ter mais condições financeiras e emocionais de manter os plantões. O médico relata o desgaste financeiro e a sensação de estar “pagando para trabalhar”.
“Tenho me esforçado ao máximo para manter o compromisso com o serviço, mas trabalhar arcando com custos, sem qualquer previsão, acabou se tornando inviável. E o mais preocupante é que não temos qualquer posicionamento oficial ou perspectiva concreta da PB Saúde sobre quando a situação será normalizada,” afirmou o médico na carta.
O presidente do SIMED-PB, Dr. Tarcísio Campos, afirma que muitos médicos que prestam serviços à Fundação PB Saúde são contratados como pessoa jurídica (PJ) e isso deixa a categoria vulnerável a esse tipo de situação. “Infelizmente, esse caminho da pejotização, aliado à grande oferta de mão de obra, vem trazendo um grande prejuízo à nossa categoria”, alerta Dr. Tarcísio. Segundo o sindicato, 70% dos médicos do hospital são PJ.
O sindicato pede que a PB Saúde tome providência para que o Hospital Regional de Guarabira não entre em colapso, já que, além do prejuízo financeiro para os profissionais, existem riscos para a população.
A categoria apela por uma intervenção urgente da Secretaria de Estado da Saúde (SES) e do Governo da Paraíba para que a Fundação PB Saúde resolva o impasse antes que os serviços de urgência e emergência sejam afetados.
FontePB, com SIMED/PB