Ex-presidente cumpre prisão domiciliar em Brasília desde 4 de agosto.
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes pode decidir reforçar a segurança na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar em Brasília, a qualquer momento.
Isso porque, nessa segunda-feira, a PGR (Procuradoria-Geral da República) enviou ao Supremo uma recomendação para reforçar o monitoramento policial na residência de Bolsonaro, em condomínio no Jardim Botânico.
A manifestação assinada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, foi remetida ao ministro Alexandre de Moraes. O órgão pede que equipes da Polícia Federal fiquem de prontidão em tempo integral, acompanhando o cumprimento das medidas impostas ao ex-presidente.
A PGR enfatiza, no entanto, que a atuação da polícia não deve invadir a casa de Bolsonaro nem atrapalhar a convivência com os vizinhos.
Pedido de reforço
A solicitação foi feita pelo líder do PT na Câmara, o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ). O argumento é que há “risco concreto de fuga” de Bolsonaro.
Ele citou a proximidade da residência do ex-presidente à Embaixada dos Estados Unidos. Os dois endereços ficam a cerca de 10 quilômetros de distância. O pedido foi enviado ao STF e à Polícia Federal.
Na última quarta (20), o relatório divulgado pela PF, parte da investigação sobre a tentativa de golpe de Estado, revelou que Bolsonaro tinha a intenção de solicitar asilo político à Argentina.
Na análise do material apreendido, foi encontrado um arquivo de texto salvo no celular do ex-presidente no dia 10/02/2024, o qual revela a possibilidade do réu buscar asilo no país vizinho.
Prisão
Bolsonaro teve a prisão domiciliar decretada pelo ministro Alexandre de Moraes no dia 4 de agosto. A determinação veio após Bolsonaro descumprir medidas cautelares impostas, ao aparecer em um vídeo nas redes sociais do filho, o senador Carlos Bolsonaro (PL-RJ).
O ministro aguarda um parecer da PGR para analisar se o ex-presidente descumpriu as medidas, o que pode levar Bolsonaro para prisão preventiva.
Durante a prisão domiciliar, o ex-presidente está proibido de:
– manter contato com embaixadores ou autoridades estrangeiras;
– sair de casa;
– receber de visitas;
– manter contato com investigados na ação da tentativa de golpe de Estado;
– e usar redes sociais.
Com R7