Mulher com endereço na Paraíba é investigada em fraude da Farmácia Popular

Brasil Cidades Paraíba

Uma mulher com endereço em João Pessoa, vida discreta e atuação silenciosa no mercado empresarial virou alvo da Polícia Federal em uma das maiores investigações de desvio de recursos do programa Farmácia Popular. Célia Aparecida de Carvalho passou a ser vista pelos investigadores como peça estratégica em um esquema que pode ter desviado mais de R$ 40 milhões dos cofres públicos — e que ajudava a financiar o tráfico internacional de cocaína, com drogas vindas do Peru e da Bolívia.

O papel de Célia era o de viabilizar a “fachada”, fornecendo CNPJs de farmácias, cadastros, entre outras coisas.

O caso foi mostrado neste domingo (20) no Fantástico.

Um dos números registrados em seu nome, inclusive, estava vinculado a uma suposta farmácia em Águas Lindas (GO), que, na prática, funcionava em um terreno baldio, sem balcão, sem funcionários e sem um único remédio. Mesmo assim, recebeu centenas de milhares de reais do Farmácia Popular.

Célia, segundo a PF, não movimentava milhões em sua conta, mas sua participação foi decisiva para que a engrenagem criminosa funcionasse.

As investigações apontam que os valores desviados iam parar, direta ou indiretamente, em esquemas ligados ao Comando Vermelho e ao Clã Cisneros, organização criminosa com base no Peru.

Entre os beneficiários do esquema estava Adriano Rezende Rodrigues, conhecido como “Adriano Tatu”, dono de farmácias em São Paulo. Uma delas desviou quase R$ 1 milhão sozinha.

O relatório da PF já aponta o envolvimento de pelo menos 148 farmácias reais ou fictícias em diferentes estados. As fraudes ocorriam com uso de CPFs de pessoas inocentes, cujos nomes eram usados para simular compras de medicamentos nunca entregues.

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