Nos bastidores, secretários são apontados como conselheiros que já custaram perdas estratégicas ao governador e podem repetir a dose em 2026.
Nos corredores da política paraibana, três figuras do primeiro escalão do governo João Azevêdo são alvos de críticas crescentes. Trata-se dos secretários Nonato Bandeira, Ronaldo Guerra e Deusdete Queiroga — apelidados ironicamente de “os três cavalheiros” por aliados que, em tom de sarcasmo, dizem que eles “marcham sempre para a batalha errada”.
Fontes políticas ouvidas pelo NewsPB afirmam que, embora ocupem cargos estratégicos, esses auxiliares já acumularam decisões controversas que resultaram em perdas importantes para o governador. O episódio mais lembrado ocorreu em 2022, quando Efraim Filho era o nome natural para disputar o Senado na chapa governista. A influência dos três, segundo interlocutores, teria sido decisiva para a escolha do deputado Aguinaldo Ribeiro. O resultado? Efraim seguiu voo próprio, venceu a eleição e deixou um espaço aberto na base governista. O mesmo caminho foi trilhado pelo senador Veneziano Vital do Rêgo, que rompeu com João e disputou o governo.
Agora, dizem as mesmas fontes, o trio estaria empenhado em emplacar o nome do vice-governador Lucas Ribeiro como candidato ao governo em 2026. A manobra, porém, ameaça gerar novo racha, já que outros nomes fortes do próprio grupo querem entrar no jogo: o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, líder em pesquisas recentes, e o presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino, que também apresenta crescimento nas sondagens.
Para críticos, a postura dos “três cavalheiros” revela uma tendência de priorizar os interesses do grupo dos Ribeiro acima da coesão da base, repetindo um padrão que já se mostrou arriscado. A dúvida que paira é: João Azevêdo repetirá o enredo de 2022, abrindo mão de aliados de peso, apenas para seguir as recomendações dos seus conselheiros mais contestados?
A resposta, ao que tudo indica, começará a ser escrita nas articulações dos próximos meses — e pode definir se o governador deixará como legado um bloco unido ou um campo minado para o seu sucessor.