A Prefeitura de Lagoa Seca lançou o programa “Planta, Lagoa Seca” para o exercício de 2024, em uma solenidade acompanhada por dezenas de pessoas na manhã desta segunda-feira (18), na Secretaria de Agricultura e Abastecimento.
O programa municipal foi criado na missão de garantir a sustentabilidade da agricultura familiar, aumentando a biodiversidade e valorizando a identidade local e cultural da cidade.
A prefeita Dalva Lucena e demais autoridades participaram do momento, que deu o pontapé oficial para que os serviços de distribuição de sementes e trabalho de corte de terra sejam realizados ao longo deste ano. A chefe do Executivo entregou, ainda, dois veículos 0km (carro e moto) para o trabalho administrativo da secretaria. Em breve, um terceiro automóvel também chegará no setor.
De acordo com a Secretaria de Agricultura e Abastecimento, do início de março para cá, uma média de 350 kg de grãos já foram repassados a homens e mulheres do campo. A meta é repartir 5 toneladas de sementes crioulas até dezembro. No que diz respeito ao serviço de corte de terra, a prefeitura disponibilizou 400 horas do maquinário, só nas últimas duas semanas.
Todo investimento para compra de boa parte das sementes foi efetuado pela prefeitura, além daqueles produtores rurais que optaram pela devolução espontânea dos insumos. Contemplam a lista de sementes: feijão (preto, carioca e faveta) e milho jaboatão. O armazenamento foi efetuado em tambores de plástico devidamente vedados, utilizando-se da pimenta- do-reino como defensivo contra pragas.
Em sintonia à distribuição de sementes, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento garantiu intensificar o serviço de corte de terra. A estimava é que essa tarefa seja cada vez mais frequente, contando com períodos grandes de chuva, auxiliando quem tira da agricultura seu sustento de vida.
Segundo o secretário municipal de Agricultura e Abastecimento, inúmeras famílias vêm ganhando o amparo tocante à preparação da terra para plantio. “Apesar dos desafios, queremos acelerar os trabalhos e não deixar ninguém sem sua terra cortada”, garantiu Nelson Anacleto.
A prefeita Dalva Lucena disse da satisfação em prosseguir esse trabalho iniciado no mandato do ex-prefeito Fábio. “É uma alegria fazer parte desse momento histórico, pois ele se repete e queremos que esse programa seja cada vez melhor, uma vez que começou lá atrás com Fábio. Unir a entrega do serviço de corte de terra com o repasse das sementes mostra o interesse de nossa parte em ver o progresso chegando nas áreas rurais da cidade”, avaliou a gestora.
Já para o deputado estadual Fábio Ramalho, o evento desta segunda-feira revela a grandiosidade do programa e como ele também foi abraçado pela administração da primeira mulher a comandar Lagoa Seca. “Nós fizemos muito, no entanto sei que a prefeita Dalva fará ainda mais pelos agricultores de nossa cidade. Ela e todos os lagoassequenses podem ter certeza de que eu, em João Pessoa, na Assembleia, serei cada vez mais uma voz em luta de melhorias para o setor agrícola, que tanto nos orgulha e movimenta a economia paraibana e brasileira”, disse o político.
Além das lideranças citadas, outras marcaram presença como os vereadores Fabiano Ramalho, Paulo de Oliveira da Costa (Paulinho Patriota), José Roberto Pequeno (Beto do Floriano), convidados, associações comunitárias, membros do governo e do Sindicato dos Trabalhadores Rurais do município.
Aos 63 anos, a aposentada Raimunda da Silva, que começou na enxada por volta dos 15 anos, segue na labuta diária e sabe o valor que o produtor rural encontra diante da lista grande de benefícios prestados pela gestão. “Toda vez que procuro, sou bem atendida. As vezes pode não vir na mesma hora, afinal a demanda é grande, embora sempre chega. E tudo isso que vi hoje mostra o quanto nós [agricultores] somos valorizados”, contou a moradora da comunidade Lagoa do Gravatá.
No sítio Oiti, Ivan de Sousa Santos, 45 anos, planta feijão, milho, batata-doce, jerimum e outras coisas mais, como relatou o agricultor. Ele acompanhou toda programação desta segunda e afirmou estar confiante de que, se precisar, vai conseguir ajuda para cuidar de suas terras. “Os tratores sempre ajudam, porque nem todo mundo consegue pagar quase R$ 300 para ver sua terra arada. Então acho isso importante, e a gestão está de parabéns”, disse.