Nesta quinta-feira (25), Luiz Penna, presidente nacional do Partido Verde (PV), concedeu uma entrevista ao programa Correio Debate (98fm) e abordou o atual impasse dentro da Federação Brasil da Esperança, composta por PT, PCdoB e PV. A divergência gira em torno do apoio às candidaturas de Luciano Cartaxo (PT) e Cícero Lucena (PP).
Penna destacou que, apesar de o PV participar formalmente dos indicativos da Federação, o partido manterá seus compromissos políticos já estabelecidos. “Na verdade, a gente vai participar formalmente dos indicativos da Federação, mas nós vamos manter os nossos compromissos políticos que estão em andamento. Isso quer dizer o seguinte: nós vamos participar da lista de parlamentares junto com a Federação, mas não vamos apoiar o majoritário. Nós vamos continuar cumprindo o compromisso já em andamento no apoio à candidatura Cícero Lucena”, afirmou Penna.
O presidente do PV esclareceu que, embora o partido participe do voto proporcional dentro da Federação, não seguirá o apoio ao candidato majoritário. Penna ressaltou que essa decisão não reflete uma intenção de sabotagem, mas sim uma questão de alinhamento com os compromissos políticos prévios do partido. “O partido vai participar com a Federação do Voto Proporcional, mas não vai acompanhar o majoritário. Mas não há nenhuma intenção de sabotagem. Nada. Nós vamos. Por isso que reconhecemos a candidatura majoritária da Federação. São circunstâncias da política”, explicou.
Penna também fez questão de lembrar que o PT já havia enfrentado dificuldades em uma ocasião anterior, quando o então candidato a prefeito pelo PV foi eleito e deixou problemas pendentes. Apesar dessas questões, Penna assegurou que não há questões pessoais envolvidas e que o cenário atual reflete apenas as complexidades do acordo político. “Vocês acompanham bem a nossa história aí. Sabe que inclusive o candidato do PT foi eleito prefeito pelo Partido Verde e saiu deixando dificuldades. Não tenho nenhuma dificuldade pessoal com ninguém. A Federação é um instrumento novo na política que nós estamos criando. Não é para resolver uma série de problemas. Então é um instrumento de acordo. O acordo possível é esse e está assim”, concluiu.
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