Progressistas expulsa André Fufuca do comando partidário após ministro declarar: “Estou com Lula”

Brasil Politica

O ministro do EsporteAndré Fufuca (PPMA), pagou o preço por bancar sua permanência no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Após desafiar abertamente a direção do Progressistas, o parlamentar foi afastado da vice-presidência nacional da legenda e de todas as decisões partidárias. A punição foi anunciada nesta quarta-feira (8) pelo presidente do partido, Ciro Nogueira (PPPI), e inclui ainda intervenção no diretório estadual do Maranhão, onde Fufuca exercia influência.

A retaliação veio após o ministro declarar publicamente, ao lado de Lula, que continuará no cargo. “Eu estou com Lula”, disse Fufuca em evento no Maranhão na última segunda-feira (6), ignorando o ultimato da Executiva Nacional do PP, que havia decidido pelo rompimento com o governo petista.

A decisão da legenda é categórica: “O partido reitera o posicionamento de que não faz e não fará parte do atual governo, com o qual não nutre qualquer identificação ideológica ou programática”, diz o comunicado do PP.

Fufuca ocupa o Ministério do Esporte desde setembro de 2023, quando assumiu o lugar de Ana Moser, numa tentativa do Palácio do Planalto de acomodar aliados do centrão e garantir base no Congresso.

A crise escancarada no Progressistas não é isolada. No União Brasil, legenda coligada ao PP na federação, o clima também é de ruptura. O ministro do TurismoCelso Sabino, ignorou o mesmo ultimato da sigla e comunicou que seguirá à frente da pasta até 2026 — ou, pelo menos, até a COP30, que será realizada em novembro, no Pará, seu reduto político.

Sabino chegou a apresentar carta de demissão no fim de setembro, mas nunca oficializou a saída. Agora, enfrenta um processo disciplinar aberto pelo União Brasil, que pode culminar em sua expulsão por infidelidade partidária.

A debandada do centrão do governo Lula tem pano de fundo eleitoral. Com o foco voltado para 2026, partidos como PP e União Brasil querem se desvincular do Planalto para construírem palanques independentes, especialmente nos estados do Norte e Nordeste. A gota d’água, segundo bastidores, foi uma crítica de Lula ao presidente do União, Antonio de Rueda, em reunião ministerial. Rueda, por sua vez, tem sido alvo de denúncias na imprensa sobre supostos vínculos com o PCC — fato que ele nega veementemente.

Fonte83

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