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Projeto de Eduardo Carneiro tenta barrar lei que garante direito do povo paraibano de levar alimentos a eventos

Projeto de Eduardo Carneiro tenta barrar lei que garante direito do povo paraibano de levar alimentos a eventos

Proposta do deputado vai na contramão dos interesses do consumidor e favorece grandes empresários do setor de eventos

A recém-sancionada Lei Estadual nº 14.074/2025, de autoria do deputado Taciano Diniz (União Brasil) e aprovada pela Assembleia Legislativa da Paraíba, foi celebrada por consumidores em todo o estado por garantir um direito simples, mas significativo: o de levar alimentos e bebidas para consumo em locais como cinemas, teatros, parques e arenas de shows.

Menos de 24 horas após sua sanção pelo governador João Azevêdo (PSB), o deputado Eduardo Carneiro (Solidariedade) apresentou um projeto para revogar integralmente a nova norma — uma iniciativa que tem gerado forte repercussão negativa entre os paraibanos, que veem a proposta como um retrocesso e uma tentativa de atender aos interesses de empresários do setor de eventos.

O argumento do parlamentar é que a liberação de alimentos e bebidas externos causaria “prejuízos diretos” ao setor, reduzindo a venda interna e impactando empregos e receitas. No entanto, para boa parte da população, a justificativa soa como uma defesa de lucros corporativos, em detrimento dos direitos do consumidor e do bolso do cidadão.

A lei de Taciano Diniz surgiu justamente para combater a prática abusiva da “venda casada”, em que o público era obrigado a consumir produtos vendidos dentro dos eventos, muitas vezes a preços muito acima do mercado. A nova legislação ainda mantém regras de segurança, como a proibição de recipientes de vidro e a limitação para bebidas alcoólicas externas — mostrando que a medida foi pensada de forma equilibrada e responsável.

Enquanto o deputado Taciano Diniz se posicionou a favor da população, buscando justiça e acessibilidade nos espaços de lazer e cultura, Eduardo Carneiro segue na direção oposta, tentando derrubar uma conquista recente dos paraibanos.

A atitude levanta questionamentos sobre de que lado o deputado realmente está: do lado do povo, que luta por direitos básicos e preços justos, ou do lado dos grandes empresários, preocupados em manter seus lucros às custas das limitações impostas ao cidadão comum.

Para muitos, a tentativa de revogação é um ataque direto ao consumidor paraibano, que, após anos de abusos e restrições, finalmente havia conquistado o direito de escolher o que levar para seus momentos de lazer — algo já garantido em outros estados do país.

No fim das contas, o episódio evidencia um contraste claro: de um lado, o mandato que defende o povo e o consumo consciente; do outro, quem trabalha para manter privilégios de poucos.

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