No cenário contemporâneo, é notável o crescente hábito de crianças com menos de 12 anos em utilizar dispositivos eletrônicos. Os potenciais riscos dessa prática serão apresentados na “Semana de Conscientização e Prevenção dos Malefícios do Uso Intenso de Celulares, Tablets e Computadores por Bebês e Crianças,” uma proposta apresentada pelo deputado estadual Michel Henrique (Republicanos) e aprovada recentemente durante sessão itinerante da Assembleia Legislativa da Paraíba.
O deputado argumentou que especialistas defendem que o aumento descontrolado da exposição a telas reduz drasticamente o tempo ao ar livre, acarretando consequências significativas.
As ações de conscientização serão realizadas na primeira semana do mês de outubro, que coincide com o Dia das Crianças, e incluem palestras, reuniões elucidativas e preventivas na rede pública de ensino e saúde, propaganda em meios de comunicação, distribuição de informativos, entre outras iniciativas. Sugerindo que o Poder Público estabeleça convênios e parcerias com entidades afins para efetivar a proposta, seguiu para a sanção ou não do governador João Azevedo.
É notório que a visão das crianças é mais suscetível aos efeitos do uso excessivo de telas, uma vez que estão em uma fase de formação ocular. A exposição prolongada a esses dispositivos pode levar a modificações na lente, córnea e cristalino dos olhos. Além disso, a radiação emitida pelos aparelhos e a luz azul podem impactar a produção de melatonina, interferindo no sono e no ritmo circadiano.
A Academia Americana de Pediatria recomenda que crianças com menos de dois anos de idade não sejam expostas a telas, e que o tempo de exposição para crianças de 2 a 5 anos seja limitado a uma hora por dia. O contato com o mundo real, o desenvolvimento de habilidades de coordenação e a interação com pessoas e objetos reais são fundamentais para o aprendizado e o desenvolvimento saudável das crianças nessa faixa etária.