O Sindicato Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos na Paraíba (Sintect-PB) negou, nesta quarta-feira (22), que os trabalhadores da estatal possam entrar em greve ou paralisar os serviços no estado. A paralisação é avaliada por servidores dos Correios no Maranhão, Rio de Janeiro e em São Paulo dias antes da realização da Black Friday, uma das principais datas comerciais do país. Como consequência, há risco de problemas no envio de produtos.
O Sintect-PB informou, por meio de informação do secretário geral, Tony Sérgio, que não há nenhuma assembleia convocada para os trabalhadores da Paraíba e que as assembleia em outros estados estão sendo convocados por sindicatos filiados à Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (FINDECT), Federação que o Sindicato da Paraíba não é filiada.
Procurado, os Correios na Paraíba informou, via assessoria de comunicação, que a estatal está com operação normal em todo o país e que cinco dos 36 sindicatos de trabalhadores estão realizando assembleias para decidir se entrarão ou não em paralização dos serviços.
Em nota, os Correios garantiram que já prepararam um plano de emergência caso os cinco sindicatos decidam entrar em paralisação para evitar atraso no envio de produtos que saiam dos locais que possam paralisar atividades para outras regiões do país.
“A empresa já preparou uma série de medidas para garantir a normalidade dos serviços caso as assembleias desses cinco sindicatos aprovem paralisação parcial e pontual, entre elas: contratação de mão de obra terceirizada, realização de horas extras, deslocamento de empregados entre as unidades e apoio de pessoal administrativo”, informou a estatal.
Alegação dos sindicatos
Os cinco sindicatos que estão realizando assembleia reivindicam correção de inconsistências deixadas pelos Correios no texto do Acordo Coletivo 2023-2024 e, também, a realização de concurso público, melhores condições de trabalho e correção da tabela salarial pelo valor R$ 250 para remuneração de até R$ 7 mil e acima dessa remuneração corrigida pelo percentual de 3,53%.
Em resposta, a empresa informou que o Acordo Coletivo com a categoria recuperou mais de 40 cláusulas que haviam sido extintas pelo governo Jair Bolsonaro e que os Correios concederam aumento linear de R$ 250 para a maior parte do efetivo “um aumento médio de 6,36% para mais de 71 mil empregados (83%), a partir de janeiro de 2024. Para parte dos empregados, o aumento chega a 12%”, informou os Correios.