O final do pequeno expediente na sessão desta terça-feira (23) da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) foi marcado pelo embate acirrado dos deputados Júnior Araújo (PSB) e Dra. Paula (PP) contra o líder do governo João Azevêdo na Casa, deputado Chico Mendes (PSB). No centro das discussões, exonerações de servidores em Cajazeiras, cidade que os parlamentares estão em lados opostos para as eleições deste ano, apesar de todos integrarem a base governista na ALPB.
O primeiro a se manifestar foi o deputado Júnior Araújo, que acusou Chico de perseguir funcionários públicos na cidade.
“Lamentável que em tempos de hoje ainda estejamos nos deparando com isso. Eu quero aqui lamentar. E deixar uma mensagem muito direta para esses pais e mães de família que estão sendo perseguidos. Vocês que enfrentaram uma pandemia, colocando a vida em risco, estão sendo submetidos a isso. Mas, na hora de votar, de estar na frente da urna, é o momento que tenho certeza que haverão de responder, porque nunca houve isso antes na cidade”, disse Araújo.
Em seguida, a deputada Dra. Paula reforçou as críticas a Mendes. “Quando você deixa uma família passando fome, você está contribuindo para o sofrimento psicológico dessas famílias. Cara (sic) não faça política com ditatura, não pode ser assim”, afirmou Paula.
“Eu prefiro que você me mate, mas não fique matando as pessoas pobres que trabalham no Hospital Regional de Cajazeiras”
Participando de forma remota, Chico Mendes tentou reagir aos pares, mas o deputado Júnior Araújo, que presidia sessão, atendeu ao pedido do líder da oposição, Sargento Neto (PL), e encerrou o pequeno expediente.
“Você não pode fazer isso depois das acusações que fez contra mim”, disse Chico. Júnior reagiu. “Já são 11 horas, vamos iniciar o grande expediente”, pontuou. Mendes rebateu. “Isso [encerrar pequeno expediente] não é prerrogativa sua”, reagiu. Araújo, porém, mandou cortar o microfone do líder do governo.