A garotada da capital paraibana já está na expectativa de receber os esperados presentes do Dia das Crianças. E a Pesquisa de Intenção de Compras para o Dia das Crianças realizada pelo Instituto de Planejamento, Estatística e Desenvolvimento da Paraíba, da Fecomércio PB, mostra que 62,21% dos consumidores paraibanos manifestaram o desejo de presentear no dia 12 de outubro.
O Presidente da Fecomércio Paraíba, José Marconi Medeiros, destacou alguns fatores que influenciaram positivamente este resultado. “Esse bom resultado pode ser atribuído, em parte, ao aumento do nível de emprego e renda do trabalhador, à queda da inflação e ao Programa Desenrola Brasil que ajudou os brasileiros a renegociarem suas dívidas e limparem seus nomes nos cadastros de proteção ao crédito, como SPC e Serasa, dando oportunidade ao consumidor de recuperar seu poder de compra”, apontou.
A pesquisa mostrou que quem mais receberá os presentes serão os filhos (47,66%), em seguida, serão os sobrinhos (31,31%) e os netos (20,09%). Ainda aparecem na lista os afilhados (7,48%), irmão (3,27) e 3,27% dos entrevistados querem presentear crianças carentes. Neste quesito, o entrevistado poderia citar mais de uma criança para presentear, o que torna o somatório das respostas superior a cem por cento. Em relação à quantidade de presentes, a maior parte dos entrevistados (50,47%) vai comprar apenas um presente, seguido por 24,30% que pretendem comprar dois presentes e um grupo de 15,12% de respondentes manifestou desejo de adquirir acima de três presentes.
Presentes preferidos, gastos e formas de pagamento
Por mais um ano, o item mais escolhido para presentear será brinquedo, citado por 69,63%. Em seguida aparecem itens de vestuário (30,37%), calçados (6,07%), jogos (5,61%) e eletroeletrônicos (3,74%). Neste último, os destaques ficaram por conta dos smartphones e de vídeo games (37,50% cada).
Em relação ao valor médio, os entrevistados pretendem gastar em torno de R$ 189,64. A maioria (36,92%) deve comprar presentes com valores entre R$50,00 e R$100,00. Em seguida, aparecem os que pretendem presentear com valores entre R$100,01 e R$200,00 (30,84%) e os que desejam comprar presentes até R$50,00 (10,75%). Já quem deseja adquirir com valores acima de R$800,00 atingiu 1,87% do total de entrevistados. Fazendo uma relação do que será gasto esse ano comparado a 2022, 32,24% dos respondentes afirmaram que pretendem gastar o mesmo valor e 29,91% manifestou desejo de gastar mais.
Para pagar os presentes, a maior parte dos entrevistados afirmou que irá comprar à vista (58,41%), destes, a maioria (49,60%) utilizará o dinheiro em espécie e 36,80% irá usar o Pix. Neste tópico, é importe destacar que essa forma de pagamento está diretamente ligada aos descontos que os empresários irão oferecer. Por outro lado, 41,59% irão comprar a prazo e a maior parte destes usará o cartão de crédito (98,88%), sendo que a maioria pretende parcelar em duas vezes.
Período e local de compras
A maior parte dos respondentes (43,93%) tem a intenção de comprar o presente exatamente na semana da data comemorativa na expectativa que haja uma maior redução nos preços dos produtos. Já um percentual de 29,44% pretende comprar na semana que antecede o Dia das Crianças e um grupo de 19,16% antecipou as compras dos presentes para setembro.
Sobre os locais para realizar a compra, os preferidos são os shoppings centers, citado por 45,79% dos consumidores. Em segundo lugar, aparecem as lojas localizadas no Centro de João Pessoa (40,65%), logo depois o comércio eletrônico atinge 16,82% das citações. Em seguida, aparecem as lojas localizadas nos bairros da capital (9,35%) e os shoppings populares (5,61%).
Fatores determinantes e situação financeira do consumidor
O estudo procurou o que os consumidores levam em consideração na hora da compra. A maioria considera o preço (53,27%), em seguida aparecem: qualidade do produto ofertado (32,71%) e o bom atendimento dispensado ao consumidor (25,70%).
A pesquisa também aponta uma avaliação feita pelos consumidores da sua situação financeira neste momento em relação a que tinha no ano passado. Do total, 54,94% informou que a situação financeira continuava sem alteração, ou seja, a mesma que tinha em 2022. Já um percentual de 28,78% afirmou que está com a situação financeira melhor este ano, destes 59,60% estão com renda maior; 25,25% conseguiram voltar para o mercado de trabalho; 16,16% conseguiram quitar as dívidas e 8,08% se sentem mais seguros no emprego. Em sentido oposto, 16,28% afirmou estar com a situação financeira pior neste ano. Entre estes respondentes: 53,57% citaram situação financeira difícil com orçamento apertado; 25,00% mencionaram o endividamento pessoal, 19,64% estão desempregados; 7,14% indicaram a perda do poder de compra pela elevação dos preços nos produtos e 1,79% não se sente seguro no emprego. Neste quesito, os entrevistados poderiam marcar mais de uma alternativa como resposta, por esta razão, a soma das respostas ultrapassam 100%.
Perfil do consumidor
A maioria dos consumidores respondentes é do sexo feminino (54,65%). Em relação ao estado civil, os casados ou em regime de união estável (45,64%) aparecem em maioria, seguidos pelos solteiros com 44,19%. Os entrevistados têm, em sua maioria, entre 26 e 36 anos (29,36%), seguidos por aqueles com idades entre 37 e 47 anos (24,42%). A maior parte dos entrevistados possui Ensino Médio completo (38,66%), logo após vêm os que possuem superior completo (30,52%).
No que diz respeito à faixa de renda, os que recebem entre um e dois salários mínimos aparecem na frente, com 33,43% do total, em seguida aparecem os que ganham até um salário mínimo (31,69%). Em relação à ocupação, a maior parte são funcionários de empresas privadas (40,99%), em seguida aparecem os autônomos ou profissionais liberais (17,44%), aposentados ou pensionistas (10,76%) e funcionários públicos (9,01%). Uma parcela de entrevistados (3,20%) afirmou estar desempregado.