Paulo Ziulkoski tem rejeição de 52% na disputa pela CNM, aponta pesquisa

Brasil Cidades

Pesquisa realizada pelo Instituto Podium acendeu um alerta no QG de campanha do atual presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, candidato à reeleição pela Chapa 1 CNM Independente. Isso porque o índice de rejeição do candidato foi de 52,2% entre os entrevistados, quando perguntados “Em que não vota de forma alguma”.

A pesquisa foi realizada nos dias 23 e 24 de fevereiro, com margem de erro de quatro pontos percentuais para mais ou menos.

A eleição para a nova diretoria da Confederação Nacional de Municípios (CNM) acontece na próxima sexta-feira, dia 1º de março, por meio de voto virtual, e tem como candidato de oposição, Julvan Lacerda, da Chapa 2 CNM Com Renovação, que aparece com apenas 17,4% de rejeição. Por outro lado, o ex-presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM) figura com 44,1% dos votos contra 32,2% do atual presidente. O índice de indecisos ou não sabem opinar soma 23,7%.

Nos bastidores, a informação é de que boa parte da Chapa 1 quer substituir o atual presidente, que acumula desgastes após 27 anos seguindo à frente da instituição, e que o nome mais cotado para substituir Paulo Ziulkoski seria de Nélio Aguiar, presidente da Federação dos Municípios do Pará. Dia 28 é o último dia para substituição de nomes das chapas que concorrem à Diretoria da CNM, por isso a urgência em reavaliar o nome que poderia encabeçar o projeto de continuidade na entidade.

Segundo especialistas, essa rejeição já era prevista no caso de uma disputa pelo comando da instituição, tendo em vista que Paulo Ziulkoski já está há quase três décadas presidindo a CNM e nos últimos anos não tem aberto diálogo aos prefeitos, adotando uma postura centralizadora.

Soma-se a isso o fato de não ocupar cargo de prefeito desde 2004, fazendo da presidência da CNM quase uma profissão, sem direito a alternância de poder. Eles analisam que Paulo vem mudando o estatuto da CNM há anos, sempre semanas antes do lançamento de edital de convocação, e como ninguém questionava ele foi se mantendo no poder, e agora os prefeitos não querem mais aceitar esse cargo vitalício que ele quer implementar na entidade.

Julvan Lacerda já teria como vantagens o fato de ter sido prefeito de Moema (MG) e presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM) por dois mandatos até 2022, além de ser o atual vice-presidente da entidade e membro do Conselho Diretor Deliberativo da Santa Casa de Misericórdia Belo Horizonte, acumulando experiência em gestão. “Não há renovação na CNM há quase três décadas e uma pessoa para trazer novidade, inovação e principalmente diálogo, os municípios só têm a ganhar”.

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