A falta de ameaças à vítima e o cumprimento com as obrigações legais da Polícia Civil foram determinantes para manter o ex-diretor do Trauminha de Mangabeira, João Paulo Souto Casado, em liberdade. Mesmo assim, o Ministério Público da Paraíba pretende proceder com a denúncia contra o médico.
A repercussão das imagens que mostravam o ex-diretor e funcionário público do Estado da Paraíba agredindo sua ex-esposa se tornaram públicas neste último domingo (10) e, rapidamente, gerou muita repercussão e revolta por grande parte da população e de figuras públicas.
Apesar disso, o fato de a agressão do vídeo ter ocorrido em abril de 2022 e as denúncias terem se tornado oficiais apenas em agosto de 2023, dificultam a prisão do agressor mesmo após a polícia ter pedido a preventiva. Para o promotor Rogério Lucas, do Ministério Público da Paraíba (MPPB), ele não se configura como uma ameaça à vítima atualmente.
“O Ministério Público não vislumbrou a necessidade da prisão preventiva. O que é prisão preventiva? Prevenir algo. Ora, se ela não estava sendo ameaçada nem no casamento, embora ela sofrera violência de gênero como foi visto […] Ela não relatou nas duas oportunidades que esteve na delegacia em nenhum momento ela citou que estava ameaçada por ele”, disse o promotor.
Expectativa de condenação
Mesmo sendo contrário à prisão preventiva, o MPPB, que recebeu o inquérito da Polícia Civil ainda nesta quinta-feira, vê elementos suficientes para denunciar o agressor.
“O inquérito, realmente… A tendência é de que ele seja denunciado. Há elementos suficientes, pelo que eu entendi lá, de violência psicológica, entre vias de fato e lesão corporal”, garantiu o promotor.
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