O Tribunal de Contas do Estado (TCE-PB) vai exigir que entidades filantrópicas da Paraíba, a exemplo do Hospital Padre Zé, terão que adotar um sistema de transparência para justificar as receitas e despesas com dinheiros que envolvem recursos públicos.
A medida acontece após o Ministério Público da Paraíba desvendar um escândalo envolvendo o desvio de R$ 140 milhões do Padre Zé durante a gestão do Padre Egídio Carvalho, preso na semana passada no âmbito da Operação Indignus.
“Eu me reuni com a Controladoria-Geral do Estado e a Controladoria-Geral de João Pessoa, e nós vamos exigir que todas as entidades que recebem dinheiro público tenham um sistema para sociedade tomar conhecimento da receita que recebe, da despesa e quem recebeu o dinheiro. Se nós tivéssemos esse sistema [no Padre Zé], não tínhamos chegado onde chegamos”, disse Nominando Diniz, presidente do TCE.
O presidente afirmou que há muitos recursos para as unidades que são oriundos da Governo do Estado e da Prefeitura de João Pessoa. “É preciso a gente saber o que é feito esse dinheiro”, disse.
Ontem, Nominando se reuniu com o novo diretor do Hospital Padre Zé, padre George Batista. Hoje, ele se reúne com o arcebispo metropolitano da Paraíba, Dom Manoel Delson.